A Tannat é uma uva tinta
nativa do País Basco, que fica entre o extremo norte da Espanha e extremo sudeste da França. Essa variedade de
uva é responsável por produzir o tradicional vinho francês Madiran e a maior
parte dos vinhos uruguaios, exemplares que conquistam
cada vez mais apreciadores ao redor do globo.
Essa variedade de uva tinta é
responsável por dar origem a vinhos extremamente tânicos enquanto jovens. No
entanto, assim como a Baga, que foi domada pelo português Luís Pato, hoje em
dia, muitos produtores têm conseguido “domar” a Tannat, elaborando vinhos que
não necessitam mais de um extenso período de amadurecimento para se tornar um
bom exemplar.
O Uruguai é, hoje, o maior produtor da uva Tannat no mundo, onde cerca de 1/3 dos seus vinhedos são
destinados ao cultivo dessa variedade. Apesar disso, encontra-se o cultivo da
Tannat em regiões vinícolas da Argentina, Austrália, Peru, Itália, Bolívia, Brasil e
Estados Unidos – em especial, no Texas e na Califórnia.
Os vinhos elaborados a partir
da Tannat possuem, normalmente, boa estrutura e excelente capacidade de
envelhecimento. Para “amaciar”, alguns Tannat uruguaios são produzidos em
blends com a uva Merlot,
com resultados que agradam a diversos paladares.
Conhecida também por outros
nomes, como Madiran, Moustrou e Bordeleza, a uva Tannat é uma variedade que se
adapta com facilidade em regiões com climas quentes e, como o próprio nome
indica, é uma casta com altos níveis de tanino.
Cada bago da Tannat possui,
em média, 5 sementes, enquanto as demais variedades apresentam entre 2 e 3
sementes cada. Tal característica aliada à espessura da casca faz com que a
Tannat seja a uva mais tânica de todas, com alto poder antioxidante,
responsável por auxiliar em diversas doenças.
Enquanto alguns produtores da
França adotam métodos de vinificação a fim de suavizar o caráter rústico dessa
uva, os produtores texanos fazem o
contrário, ou seja, utilizam maceração
prolongada para destacar, ainda mais, o alto teor tânico da variedade.